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A banda Mangaia surgiu em novembro de 2013, fruto das experiências artísticas do Instituto Curupira com a formação e capacitação musical. Após 4 anos, cerca de 100 shows já foram realizados, em mais de 15 cidades mineiras, atingindo um público total de mais de 10 mil pessoas. Contato para shows: (32) 9 8451 9914.

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A Mangaia possui 10 músicas autorais, todas com olhar e construção crítica de realidades ambientais, ecológicas e sociais. Atualmente é composta por Amanda Lisbôa (percussão, escaleta), Bruna Carvalho (Voz e violão), Delton Mendes (composições, violão e flauta), Duda Malvar (Guitarra) e Mike Tavares (vocal);

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Algumas letras/ canções da banda (autorais):

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Música: Mundo (album "Mundo", 2015/ autoria: Delton Mendes)

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Mundo vasto mundo, tão vasto como meu coração.

Quero te conhecer, te entender... jogar conversa fora.

Andar por suas casas, escutar suas palavras, correr por seus olhos, enxergas as estrelas, os planetas...

Mundo vasto mundo, não precisa chamar Raimundo,

Só me diga por quê;

Oh mundo vasto mundo...quero te conhecer!

Mundo vasto mundo /Me diz, por quê?

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Me diz... de onde você veio? De qual ventre nasceu?

Quero te entender...

Entender sem mal, mera curiosidade de alguém que está de passagem,

Sem saber o dia da partida...ou...quem sabe... do reencontro.

Do queimar do ar no peito... da chegada feliz...da saudade que aperta!

Mundo vasto mundo...quero te entender!

Mundo vasto mundo /Me diz, por quê?

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Preciso saber como você se enxerga no espelho...

Quais suas cores favoritas... a hora que levanta...a hora que dorme

Quem sabe assim poderia me ouvir

Pode me ouvir?

Como escova os dentes... como apenteia os cabelos... como anda e como corre? Quero te conhecer!

Mundo vasto mundo... onde está...você?

Mundo vasto mundo /Me diz, por quê?

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Mundo  vasto mundo...te vejo todos os dias...nas plantas...nos mares...nos bares

Na água desperdiçada, na floresta cortada... no homem que mata

Imagino seu rosto entre tantos rostos; imagino seu sorriso entre todos os que eu conheço

Te vejo na criança da favela, no tiro do fuzil

No peixe pescado... na sombra escura

Oh ...Mundo vasto mundo...me diz aonde...aonde está você?

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Mundo vasto mundo...onde posso te ver?

Mundo vasto mundo /Me diz, por quê?

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Vasto vasto mundo...se eu me chamasse Raimundo não seria uma rima..seria uma solução.

Uma solução impensada, talvez mal construída...mas uma tentativa...uma busca...uma explicação....

Uma maneira de entender por quê... e como posso te entender...

À noite quando deito... imagino você...olhando pra mim...através do escuro do céu....

Mundo vasto mundo...eu estou em você?

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Oh mundo vasto mundo...quero te conhecer!

Mundo vasto mundo /Eu estou em você!

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Música: Deixa ser (álbum "Mundo",2015/ autoria: Delton Mendes)

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Deixa ser: de repente a dor se vai,

sem rumo ou direção,

sem nem mesmo avisar.

Parece que, ao nascer o Sol te faz.

Colore-te em azul

e te planta o coração.

 

Abelha vem, voa livre ao luar.

Perdida em meio a escuridão,

não se importa em chegar.

 

Sou sem terra, a lutar pelo espaço perdido.

A encontrar no chão toda explicação

e a sorrir pela água que brota, transborda e conforta.

 

Sou aquela, que dança na favela em dias assim:

quando a arma desarma a flor,

e onde a paz desiste de morar.

 

Sou negro, sou árvore. Sou mulher,

Sou o pobre esquecido na calçada.

O filho morto na esquina.

O agricultor que semeia,

que colhe, que troca e vive.

 

Sem mordaças, o amanhã de direito nascerá.

Sem força, sem tiro, sem preconceito.

E a justiça será flor.

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Música: Beijo do Amanhã (álbum "Mundo", 2015/ autoria: Delton Mendes)

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Eu não tinha, este rosto de hoje

Nem conhecia o mapa do seu olhar

Com os pés descalços de quem nunca parou

Sujos, escuros...de tanto caminhar.

 

Barraca acampada, trilha na estrada

Sem esperar o beijo do amanhã

Amanhã de flores, balões desenhados

Carta escrita em letras garrafais

 

Pois que viesse, quem estivesse, a me esperar em algum lugar

O amor não pesa, e não se esquece

Ainda que voe pelo ar

Rosas e flores te escrevem, são como estrelas nas suas mãos

Poesia que cresce e se enobrece no velho papel de pão

 

Tão certo seria, se o amor descabido

Vestido em pele, saísse ao luar

Mas basta-me um gesto, ainda que longe

Basta um momento no seu olhar

Tinha que ser com você

Era pra ser pra você

Cada palavra deste canto tão fugaz

 

E u que nem sei onde estou

Mas por você eu sou

Amor chegado como orvalho da manhã

Vem por um dia, vem ser alegria

Solta no espaço...como bolha de sabão

A gente gira

E a gente respira

A gente foge como filme de Bardot

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Música: Mamulengo (álbum "Mundo", 2015/ autoria: Delton Mendes)

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Admirável Público!
Bem-vindo ao mundo do descaso,
o mundo da corrupção.
Da realidade de quem desmata e polui.
De quem gasta água mais do que devia
ou deve mais do que podia.
Admirável Público!
Seja bem-vindo ao circo dos horrores,
criado por nós mesmos,
todo santo dia.
Ei, você que joga lixo no chão:
que fura a fila do banco,
que bate em mulher,
em cachorro e até em criança.
Você corrupto, que acha que a culpa está só no congresso.
Você mesmo,
idiota brasileiro.
Preconceituoso, arrogante e presunçoso.
Você também é corrupto.
Todos somos um pouco corruptos.
Mas e aí?
Qual o preço da favela?
Qual o preço do fuzil?
Qual o preço da lama da Samarco?
Qual o preço do céu, do chão,
das árvores e do mar?
Qual o preço do ar que você respira?

Qual o preço?
Quanto vale?


Quem pintou o mar marrom?
Quem matou o menino?
Quem secou o rio?
Quem do índio fez cruz?
Admirável Público:
Desculpa, mas, se você não mudar,
nada muda.
Se você não fizer,
ninguém fará.
Se você não mudar,
ninguém muda,
nada muda.
Tudo fica mudo
Público admirável:
Quem é você?

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